segunda-feira, 21 de março de 2011

2° DIA

Ela estava ali do meu lado o tempo todo. Só a levavam para exames, troca e banho. Linda, parecida com o pai dela em tudo. Dá uma misto de angústia em não achar nada de familiar comigo e alegria por ter tudo de familiar do pai dela. Um homem maravilhoso, do qual escolhi para amar e para ser o pai dela.
A mamada continuou a ser dificultosa, a enfermeira me sugeriu um bico de silicone. Compramos. Parece que tudo melhorou. Apesar que a dor só aumentava.
Chegou a noite e a dor foi piorando. Os seios estavam tão cheios que parecia que iam explodir. E quando ela puxava eu chorava igual criança abandonada pela mãe. Era muita dor, eu me contorcia toda e ela saciava a sua vontade. Era tudo muito dificíl, pois ela não acordava nas horas certas, eu preocupada em alimentá-la ficava ali com o seio cheio de dor e os olhos cheios de lágrima tentando que ela pegasse um pouco de leite. E quando ela finalmente acordava, era uma luta para pegar o peito e mamar com tranquilidade. Ela chorava muito, eu e o Rô ficávamos louco de tristeza, sem saber o que fazer.
A noite chegou e foi a pior noite de toda aminha vida. Olhava pra ela e não sabia o que fazer, minha vida tinha se transformado por completo e meus seios tinham tantos nódulos que doíam só de chorar. As glândulas nas minhas axilas incharam. Tinham tantos nódulos, nenhuma posição era confortável. Não consegui dormir e o Rô ali no sofá, no maior sono. Passei a noite em claro. Achei que o mundo fosse acabar. Era um turbilhão de sentimentos. Uma angústia enorme!!!

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