Esta matéria da Revista Boa Forma, deste mês, veio a calhar. Pois adiei durante tanto tempo, sempre esperando o momento ideal, a hora certa, a situação financeira melhor, a vida dar uma parada, entre outras coisas. E este dia nunca chegava. Tem suas vantagens, mas também suas complicações.
Com o passar dos anos, a capacidade reprodutiva da mulher tende a diminuir, e muito. Enquanto aos 20 anos temos, a cada mês, 25% de chance de ficar grávida, aos 35 anos esse índice despenca para 15%, e continua a queda livre com o tempo passando rápido demais. Com a idade os óvulos diminuem em quantidade e qualidade, e vão perdendo a capacidade de ser fecundados pelos espermatozóides. A baixa nos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona resulta em ciclos menstruais sem ovulação e no desenvolvimento inadequado do endométrio (camada que reveste o útero), onde o embrião se fixa para crescer.
A Endometriose (quando pedaços do endométrio se espalham pela região pélvica) é outra vilã do sonho de ser mãe depois dos 35 anos. Alguns a chamam de "doença da executiva", pois afeta quem adia a maternidade em nome do trabalho (o que eu fiz).
Como se não bastasse a queda na fertilidade, a partir dos 35 anos cresce o risco de ocorrerem alterações genéticas no embrião.
As vantagens são o amadurecimento, a estabilidade, administração melhor do tempo. Tão poucas mediante as outras, não?
Por isso vale a pena refletir em qual é o momento ideal.
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